Sob a perspectiva de ‘How I Met Your Mother’

Eu sempre fui uma pessoa que sonha alto, as vezes, até demais. Meu namorado já me disse uma vez que enquanto os sonhos da maioria das pessoas está no dedão do pé, os meus já estão passando do joelho. Não vou mentir e dizer que comecei a sonhar pequeno, não, apenas comecei a enxergar que a felicidade que eu busco não precisa ser, necessariamente, cheia de holofotes e glitter. E é aí que entra How I Met Your Mother. Graças aos comentários constantes do meu querido colega, Vicente, eu reservei uma tarde da minha vida para dar uma chance a uma nova série de televisão, enquanto as que eu assistia semanalmente entravam em hiatus. Em menos de cinco episódios, eu já estava viciada. Talvez parte desse vício se deva ao fato de que How I Met Your Mother se passa em Nova York, a minha dream city. Mas o que mais me chamou atenção é que a cidade não é retratada sob aquela visão super glamurosa de Time’s square e musicais da Broadway. Ted, Lily, Marshal, Robin e Barney são típicos exemplos de new yorkers, capazes de viver pacatamente na maior cidade do mundo.

Acompanhando a série foi que eu percebi que a minha vida pode ser ainda mais gratificante se mais simplificada. Os momentos que mais me trazem prazer ao assistir How I Met Your Mother são aqueles que exemplificam o relacionamento do Marshal e da Lily que, com mais de doze anos de convívio, conseguem manter aquele encantamento do amor. Além disso, os personagens dividem uma cumplicidade sensacional, mostrando que é melhor ter poucos amigos, mas bons amigos. Acho que parte desse meu fascínio repentino pela série se deve ao fato de que eu consigo me identificar um pouco com um aspecto singular de cada personagem e também porque espero que quando eu tiver meus 27, 28 anos eu possa viver a minha vida dessa maneira tão única de compartilhar alegrias, assim como fazem os personagens.

Seja casada depois de um relacionamento de 10 anos, como a Lily e o Marshal; seja ainda em busca da minha alma gêmea, como o Ted; seja em busca da realização profissional abdicando de algumas coisas, como a Robin; ou tendo milhões de experiências bizarras, como o Barney, espero que a minha vida seja desenhada de uma maneira tão bonita quanto a que os roteiristas de How I Met Your Mother desenharam para seus personagens que, por serem retratados de uma maneira tão verdadeira, acabaram conquistando uma legião de fãs que são legend… wait for it… DARY!!!

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